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1ª Ed. Brasil: 2006
Tradução: José Geraldo Couto
Editora: Cosac Naify
301 pág.

            (Adolfo Bioy Casares. Em memória de Paulina, in Histórias Fantásticas)

      O livro reúne catorze contos do escritor argentino Bioy Casares, publicados entre 1948 e 1969. O volume abre a série da Cosac Naify especialmente dedicadada às obras do autor. Essas Histórias fantásticas são permeadas de um fascínio pela cultura antiga e também por uma perplexidade diante da ciência e do comportamento moderno. Há mistérios que são tramados ao redor de referências a lendas celtas e deuses pagãos, enquanto outros contos incluem seres alienígenas e tecnologias sinistras, capazes, por exemplo, de absorver e perpetuar a alma de um ser vivo. Essas investigações e exercícios de fantasia são marcados por uma erudição que envolve o leitor, sem nunca escorregar para o exibicionismo. A pesquisa iconográfica enriquece a edição e traz fotos selecionadas no Arquivo Nacional da Argentina e de álbuns de família. O apêndice do livro traz ainda comentários sobre o autor e um resumo do enredo de cada conto, bem como esclarecimentos pontuais sobre referências culturais e intertextualidade. Há também uma lista das adaptações cinematográficas dos contos e uma boa bibliografia de Bioy. A obra ganhou a tradução cuidadosa e inspirada de José Geraldo Couto.

Histórias Fantásticas

Adolfo Bioy Casares

"Sempre amei Paulina. Numa de minhas primeiras lembranças, Paulina e eu estamos ocultos numa obscura pracinha cercada de loureiros, num jardim com dois leões de pedra. Paulina me disse: “Gosto do azul, gosto das uvas, gosto do gelo, gosto das rosas, gosto dos cavalos brancos”. Compreendi que minha felicidade havia começado, porque nessas preferências podia me identificar com Paulina. Nós nos parecíamos tão milagrosamente que, num livro sobre a reunião final das almas na alma do mundo, minha amiga escreveu na margem: As nossas já se uniram. “Nossas”, naquele tempo, significava a dela e a minha".

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Trecho

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